Carta de um filho...
Queridos Pais!
Não tenham medo de serem firmes comigo.
Prefiro assim. Isto faz com que me sinta mais seguro.
Não me estraguem. Sei que não devo ter tudo o que quero. Só estou experimentando vocês.
Não deixem que eu adquira maus hábitos. Dependo de vocês para saber o que é certo ou errado.
Não me corrijam com raiva e nem na presença de estranhos. Aprenderei muito mais se falarem com calma e em particular.
Não me protejam das consequências de meus atos. Às vezes eu prefiro aprender pelo caminho mais áspero.
Não levem muito a sério minhas pequenas dores. Necessito delas para obter a atenção que desejo.
Não sejam irritantes ao me corrigir. Se assim o fizerem eu poderei fazer ao contrário do que me pedem.
Não me façam promessas que não poderão cumprir depois. Lembrem-se que isso me deixará profundamente desapontado.
Não ponham à prova minha honestidade, mas ensinem-me a ser verdadeiro; pois sou facilmente tentado a dizer mentiras.
Não me mostrem um Deus carrancudo e vingativo. Isto me afastará dele.
Não desconversem quando eu faço perguntas, senão eu procurarei na rua as respostas que não tive em casa.
Não mostrem para mim as pessoas perfeitas e infalíveis. Ficarei extremamente chocado quando descobrir um erro seu.
Não digam que meus temores são bobos, mas, sim, ajudem-me a compreendê-los.
Não digam que não conseguem me controlar. Eu julgarei que sou mais forte que vocês.
Não me tratem como uma pessoa sem personalidade. Lembrem-se de que tenho o próprio modo de ser.
Não vivam apontando os defeitos das pessoas que me cercam. Isto criaria em mim, desde cedo, um espírito intolerante.
Não se esqueçam de que eu gosto de experimentar as coisas por mim mesmo. Não queiram me ensinar tudo.
Não desistam de me ensinar o bem, mesmo que eu pareça não estar aprendendo.
No futuro, vocês verão em mim o fruto daquilo que vocês plantaram.
(Autor desconhecido)
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