29 de julho de 2013

Uma história por dia, não sabe o bem que lhe fazia!!

O livro «Alice no país do cancro» reflecte sobre o papel da mãe e como uma criança vive a doença oncológica da mãe». Editado por «Zero a oito», o livro é da autoria de Martine Hennuy e Sophie Buyse, com ilustração de Lisbeth Renardy. Foi publicado em Abril de 2011.
Ao longo desta história emocionante e sensível, vista através dos olhos da pequena Alice, o leitor vai descobrir que a força da imaginação pode ser a chave da harmonia reencontrada entre a inocência de uma criança - o País das Maravilhas - e as dificuldades da vida.
Este livro, de assunto difícil mas actual, acompanha a criança e ajuda-a a encarar a realidade - o País do Cancro - e a aceitá-la. 
É também um amigo precioso na relação dolorosa que os doentes vivem com o mundo do cancro.




Informação...



24 de julho de 2013

É sempre bom saber mais...

Eduardo Sá e o pré escolar

A ideia foi defendida por Eduardo Sá no encontro “Vale a Pena ir à Pré”, uma iniciativa conjunta da Carlucci American International School of Lisbon (CAISL) e da revista Pais&filhos destinada a debater e esclarecer o valor do ensino pré-escolar na educação de uma criança.Eduardo Sá, que começou por manifestar o seu desacordo pela “distinção que é feita entre educação infantil e ensino obrigatório”, considerou depois que ainda existem alguns “erros” nos moldes em que, por vezes, o ensino pré-escolar é praticado.

“O jardim de infância não é para aprender a ler nem a escrever”, criticou, lembrando que “as crianças antes de aprender a ler, aprendem a interpretar “ e que “não é por tornarmos uma criança um macaquinho de imitação que ela vai ser mais inteligente”. Eduardo Sá, psicólogo clínico com grande parte da sua carreira dedicada à psicologia infantil, defendeu que o jardim de infância deve antes ser um local onde a criança exerça atividade física pois, justificou, “as crianças aprendem a pensar com o corpo” e se souberem mexer o corpo “mais expressivas serão em termos verbais”.

Além disso, prosseguiu, o jardim de infância deve ser um local para a criança receber educação musical (“a música torna-os mais fluentes na língua materna”) e educação visual (“quanto mais educação visual tiverem, menos dificuldades têm de ortografia”). Por outro lado, disse ainda, as crianças precisam de “contar e ouvir histórias” no jardim de infância, sublinhando que “as histórias ajudam a pensar” e a “linguagem simbólica a arrumar os pensamentos”.

Mas, mais que tudo isso, o jardim de infância deve ser um espaço para a criança brincar. A brincadeira é um “património da humanidade” que a ajuda “a pensar em tempo real e a resolver dificuldades”, salientou o psicólogo, sublinhando que “brincar não pode ser uma atividade de fim de semana” nem os espaços para brincar podem estar confinados a pátios fechados. “É obrigatório que as crianças brinquem na rua”, defendeu.

Em suma, concluiu, “o jardim de infância faz bem à saúde” e é urgente que seja “acarinhado”. Sob pena de virmos a pagar no futuro “custos exorbitantes” por tal esquecimento.

in pais e filhos

20 de julho de 2013

É sempre bom saber mais!

DEPRESSÃO INFANTIL….EXISTE????

A Depressão é uma doença grave que, de facto, nos adultos é mais fácil de ser diagnosticada. Um adulto queixa-se e, mesmo que não o faça, as suas atitudes revelam que não se sente bem. 
Com as crianças, é diferente. Elas aceitam a depressão como um fato natural, próprio da sua maneira de ser. Embora esteja a sofrer, a criança não sabe que aqueles sintomas são resultado de uma doença e que podem ser aliviados.

Cada criança reage à sua maneira e recorre a diferentes mecanismos de defesa, dai a dificuldade em elaborar um diagnóstico fidedigno…É fundamental a elaboração de diagnóstico diferencial ou seja, analisar, não só em função do seu comportamento, mas, enquadrar tudo num “bolo” que inclui contexto familiar, escolar e pessoal e, então, a partir dai elaborar o diagnóstico. É analisando esse “bolo”que vamos realmente ver se estamos perante um quadro depressivo ou se se trata de outra questão.


• Assim, algumas crianças somatizam o sofrimento e queixam-se de problemas físicos, porque é mais fácil explicar “sentires” concretos, orgânicos, do que um “sentir” emocional.

• Outras retraiem-se e o desejo de exploração do ambiente, que é normal e faz parte do desenvolvimento saudável das crianças, desaparece. Podem ficar mais paradas, apáticas, com muito medo de separar-se das pessoas que lhe servem de referência, como o pai, a mãe ou o cuidador.
• Outras agitam-se de forma tão excessiva para não pensar no que dói, que acabam por ser rotuladas (e muitas vez medicadas) como hiperactivas.
• Outras ainda, perdem a iniciativa e, apesar de apresentarem Q.I. adequado à idade, não conseguem aprender.

Em contexto escolar, onde trabalho, este é o factor mais evidente…o deixar de conseguir aprender mesmo tendo excelentes competências…normalmente este factor surfe associado a questões comportamentais…ou muita agitação ou…agitação de menos!

• Outro factor que pode ser sinal de que algo não está bem é o sono…é suposto uma criança chega ao fim do dia cansada e, cai na cama a dormir (cada qual ao seu ritmo e respeitando a agitação própria de cada criança enquanto ser individual) … Não é normal a criança levar às voltas na cana até conseguir adormecer, nem é normal acordar assustada várias vezes durante a noite de forma consecutiva!

A situação complica-se quando, a partir daqui se gera uma bola de neve difícil de controlar…não aprendo…sou burro…auto estima baixa…insegurança e, por fim…angústia e revolta!

Se a criança não for adequadamente avaliada, o que vai acontecer é que vai crescer e “rigidificar” em si este modo de funcionamento…chega então, neste estado, à idade do armário…A ADOLESCÊNCIA!

NA ADOLESCÊNCIA
A criança só consegue usar as suas defesas até dada idade…a criança idealiza, a criança nega, a criança constrói na sua mente um real mais aprazível mas…quando o seu cérebro amadurece mais estas defesas deixam de ter efeito e a criança simplesmente,,,cai…! Ela acaba por perceber que afinal viveu uma vida que não era real e, quando se depara com o real, acabou por, ao fugir dele, não conseguir criar ferramentas para com ele lidar. A tristeza instala-se, o sentimento de desesperança também e, a criança, agora adolescente, acaba por conformar-se com esse modo de viver, de estar, que entretanto interiorizou.

São jovens claramente mais propensos ao uso de drogas, porque vão procurar alguma coisa que alivie esse desconforto permanente. “Eu também tenho o direito de ser feliz”…E mais uma vez entram num falso real, numa falsa felicidade que, afinal, foi o que sempre fizeram e por isso não sabem sair deste ciclo!

Juntar o imediatismo próprio do adolescente com o alívio momentâneo que a droga dá, é um caminho que passa a falsa impressão de que o problema está resolvido. Isso torna a situação mais difícil ainda...

Em relação à sintomatologia depressiva na adolescência, ela é bem diferente do que na infância, existindo mesmo diferenciação em relação ao modo como se manifesta nos rapazes e nas raparigas.

O rapaz não internaliza as emoções como a rapariga, que se tranca no quarto e chora. Geralmente, o sintoma mais evidente nos rapazes é a agressividade..., ficam na defensiva o tempo todo e parecem zangados com o mundo!
Basta alguém dizer bom-dia, para acharem que o estão a acusar de alguma coisa. Rebeldes e desafiadores, estão permanentemente em confronto. Criam problemas na escola, em casa e entram em conflito com as figuras hierárquicas. Irritam-se com muita facilidade e essas reações, às vezes, são confundidas com algum transtorno de comportamento.
Na realidade, o adolescente deprimido age como se a melhor defesa fosse o ataque… Se conseguimos ultrapassar essa barreira, ele acaba por mostrar a sua angústia e… chora.
Crescer é doloroso. Só crescemos quando o incómodo é maior do que o medo da mudança. Aí, ganhamos iniciativa, coragem e damos um salto. Isso acontece ao longo da vida e na infância inteira.

Por vezes esse salto não é dado e isso nem sempre implica um quadro depressivo.
Atenção!... Apesar de actualmente a “necessidade” de rotular e dar nomes ao que muitas vezes é apenas uma fase, estar muito na moda, muitas vezes os “rótulos” são usados com liberdade demais…. Basta um pequeno problema, uma desfeita, um desencontro emocional, uma discussão de amigos, um ar mais tristonho, para imediatamente vir à baila a tão falada DEPRESSÃO!
Não tem que ser assim….tristeza é diferente de depressão…Se for muito persistente procure ajuda e antes de “rotular” desadequadamente, aconselhe-se com um técnico especialista, no caso um psicólogo clínico!

Fátima Poucochinho
Psicóloga Infanto Juvenil

15 de julho de 2013

Uma história por dia, não sabe o bem que lhe fazia!

Antes de o Max conhecer a Joaninha, o mundo para ele era muito simples: havia os Com-pilinha e os Sem-pilinha. 
Além disso, os Com-pilinha eram mais fortes que os Sem-pilinha. É óbvio, porque tinham pilinha! 
Por isso, o Max estava mesmo muito feliz por fazer parte dos Com-pilinha. E quanto às meninas... paciência... 
Se lhes faltava qualquer coisa, a culpa também não era dele!Mas tudo isso era dantes. 
Porque uma dia, a Joaninha entrou para a turma do Max.E nos dias e nas semanas que se seguiram, o Max pergunta-se muitas vezes: "Mas que raio de miúda é esta?" 
É que além de desenhar mamutes em vez de florzinhas patetas, a Joaninha também joga à bola e sobe às árvores (e muito mais alto do que o Max), tem uma bicicleta de rapaz e quando luta está sempre a ganhar. O Max acha que a Joaninha deve ter qualquer coisa de especial... Uma pilinha, provavelmente... 
E depois de abrir um inquérito descobre que afinal à Joaninha e a todas as meninas não falta nada. 
O mundo já não se divide entre os Com-pilinha e os Sem-pilinha, mas sim entre os Com-pilinha e os Com-pipi... 
Uma colecção divertida e didáctica que ensina o valor da amizade entre os sexos.


14 de julho de 2013

É sempre bom saber mais!


A IMPORTÂNCIA DO ELOGIO DADO NO MOMENTO CERTO, DA MANEIRA CERTA E NA MEDIDA CERTA...

Se a criação de regras, uma repreensão, um dizer não, o travar de um determinado comportamento são ferramentas da educação necessárias para o desenvolvimento do sentimento de segurança e confiança das crianças, os elogios também ocupam um papel fundamental nessa tarefa que é o educar... 

Educar não é uma tarefa fácil, pois não é fácil saber sempre qual o momento ideal para fazer isto, para fazer aquilo...enfim, nem sempre é fácil perceber quando é o “momento certo” para dizer o não, para dar o castigo ou mesmo para elogiar.... 

E por isso, por vezes, algumas atitudes certas tornam-se erradas por falta de sentido de oportunidade. Uma brincadeira na altura em que devia haver uma rotina, um sim no momento em que é preciso o não, um castigo ou uma repreensão na hora que deveria estar reservada a um elogio, rapidamente podem perder o efeito pedagógico para passarem a ter um efeito contrário.

Em relação aos elogios, é importante termos a noção que, na verdade, existem sim momentos mais certos que outros para os fazermos os nossos filhos e que, sim, é errado elogiar em demasia, pois podemos correr o risco de perder o efeito tão benéfico que essa ação tem!

As crianças sabem reconhecer quando lhes estão a dar uma "palmadinha nas costas" para não ouvir o seu choro ou não perder tempo a desconstruir as suas frustrações. O elogio deve ser dado sempre que houver um comportamento que deva ser valorizado. Deve ser sincero para que a criança o sinta como verdadeiro e compreenda que atitudes deve ter no seu dia a dia.

O elogio é, sem duvida , uma ferramenta de relevo no desenvolvimento da autoestima e, o contexto familiar é aquele que primeiro influencia os mais pequenos. Mas, se usado de forma descontextualizada e excessiva, o efeito é o contrario...

Outro aspeto muito importante é ter em atenção que as crianças devem ser valorizadas por aquilo que conseguem e não em comparação com os outros. É importante que percebam que algumas pessoas têm mais capacidades para umas coisas que outras e que sintam que não é por terem piores resultados que os pais vão gostar menos delas. Devem ter a ideia realista de que podem ter piores resultados que outras. 

É importante ensinar à criança que ela pode fazer algumas coisas bem e que pode não conseguir fazer outras coisas e que esperamos que faça o melhor que puder.

Elogiar não é sinónimo de competir e os pais não o devem fazer com base na comparação de resultados relativamente aos outros. Elogiar uma criança só quando obtém resultados e é melhor do que os outros não contribuirá para a sua autoestima; ninguém é o melhor em tudo e as crianças também o sabem. Em alturas em que não ganhem uma corrida, um concurso ou em que não tirem a melhor nota, questionar-se-ão se os pais ainda gostarão delas.

O elogio é realmente uma ferramenta importante para um saudável desenvolvimento emocional da criança mas, apenas quando dado no momento certo, da maneira certa e na medida certa. Quando o é feito desta forma, tem muitos benefícios, permitindo criar sentimentos de segurança, autoestima e confiança na criança.

Fátima Poucochinho
Psicóloga Infanto Juvenil

8 de julho de 2013

É sempre bom saber mais...

Quando a criança mente...

"...É necessário conversar com a criança sobre o comportamento que teve ao mentir, centrando-nos sempre no seu comportamento e não na sua personalidade. Nós, pais, somos os “pedreiros” da estrutura psíquica dos nossos filhos. Para que essa estrutura seja firme e não desabe ao mínimo abano é preciso muito cuidado com o modo como colocamos cada tijolo. Temos que os colocar com muito cuidado, cimentar muito bem, e ter muito cuidado para não colocar tijolos “estragados” com falhas…Perceber, entender, ajudar a ultrapassar e fazer com que não se repita, é a melhor forma de ajudar a criança e é uma tarefa que, enquanto “pedreiros” da sua “casa” temos de realizar com o máximo cuidado."

Fátima Poucochinho

3 de julho de 2013

É sempre bom saber mais!

PORQUÊ QUE AS CRIANÇAS MENTEM?

São muitos os motivos que podem levar a criança a mentir. No entanto, a mentira, seja por que motivo ela exista, não deve ser desculpabilizada sendo muito importante conversar com a criança acerca desse acto e das consequências do mesmo.

Um dos motivos porque a criança pode estar a usar a mentira é o facto de estar a passar por um momento difícil e estar a usar a mentira como forma de esconder o que está a gerar-lhe mau estar.

Nestas situações é importante estar atento a outros possíveis sinais para além da mentira… as dores de cabeça ou barriga que passam de forma repentina, o choro compulsivo que passa também repentinamente….Conversar continua a ser a forma que considero mais eficaz e adequada para lidar com a situação. É importante a criança perceber o impacto da mentira e, analisar, junto com os pais, quais as consequências não dessa mentira em especial mas, do mentir como acto isolado. É importante ficar bem sublinhado que a principal consequência é a perda da confiança das pessoas, na pessoa que mente.

A criança pode também estar a mentir por imitação do exemplo que observa em casa. Não quer dizer que o façam de forma consciente ou directamente relacionada com ela mas, se a criança ouve os pais verbalizarem “amanhã não me apetece ir trabalhar…vou dizer que estou doente” ou “ não me apetece falar com a vizinha…atende e diz que não estou ou que estou a dormir” ou “ amanhã podes ficar em casa comigo mas dizes à professora que estiveste doente”, a criança interioriza a mentira como algo banal e até justificável Uma criança não entende quando os pais dizem “não deves mentir” e, depois, quando alguém com quem ele não quer falar liga, o pai pede para dizer que não está. O melhor é evitar essas situações e, dar o exemplo!

A criança também pode mentir para agradar. Pode mentir por achar que se dizer a verdade a outra pessoa vai ficar triste e, aqui é muito importante que os pais mostrem à criança que ela não precisa dizer que adorou o brinquedo que a avó deu, se ela não gostou, mas que ela deve sempre agradecer, porque a avó pensou nela com carinho quando lhe comprou o presente. Ao fazê-lo está não só a ensinar a criança a não mentir como também está a ensinar-lhe a ser assertiva, ou seja, está a ensinar-lhe que existem varias maneiras para dizer o que sentimos e que o podemos fazer de forma a não magoar os outros, não mentindo também.


O saber lidar com a mentira através do dialogo é fundamental para que ela vá deixando de existir…Só através do dialogo calmo, introspectivo (fazer a criança pensar na sua escolha e nas consequências da mesma) a criança vai conseguir perceber que, ao mentir, está a fazer com que o adulto e os outros de quem gosta e que gostam dela fiquem tristes

É necessário conversar com a criança sobre o comportamento que teve ao mentir, centrando-nos sempre no seu comportamento e não na sua personalidade. Nós, pais, somos os “pedreiros” da estrutura psíquica dos nossos filhos. Para que essa estrutura seja firme e não desabe ao mínimo abano é preciso muito cuidado com o modo como colocamos cada tijolo. Temos que os colocar com muito cuidado, cimentar muito bem, e ter muito cuidado para não colocar tijolos “estragados” com falhas…

Perceber, entender, ajudar a ultrapassar e fazer com que não se repita, é a melhor forma de ajudar a criança e é uma tarefa que, enquanto “pedreiros” da sua “casa” temos de realizar com o máximo cuidado.

Fátima Poucochinho

1 de julho de 2013

Uma história por dia, não sabe o bem que lhe fazia!

"A princesa malcriada" é uma história de Mariana Magalhães que nos mostra que, não basta sermos príncipes ou princesas, para merecermos o respeito dos outros.
Esta princesa era mesmo muito malcriada porque fazia muitas birras até para ir dormir. Maltratava os animais e fugia dos pais. 
Um dia a Princesa puxou as barbas a um feiticeiro e ele não ficou nada satisfeito e transformou-a em rã.
Para acederem à história no site da Biblioteca Digital do Plano Nacional de Leitura, basta no título da história, por baixo da imagem.
 



Sugestão: Esta história é uma narrativa que pode ser terminada à nossa maneira. vamos experimentar? Quem quiser dar um final a esta história pode deixá-lo nos comentários, ou enviá-lo para: ondeamagiacontece@gmail.com.