CLEPTOMANIA NAS CRIANÇAS?
A cleptomania é um distúrbio grave que integra o quadro de Transtornos do Controle dos Impulsos. A criança, por mais que se esforce, não consegue resistir e cede ao ímpeto de furtar objetos geralmente inúteis para o seu uso particular e, regra geral, sem valor financeiro. Há uma perda completa do autocontrole, pois os impulsos são mais fortes.
Não se deve confundir uma criança que rouba porque lhe apetece, porque quer ter algo que não lhe pertence, com uma criança que padece desta patologia. Nesta patologia, a criança, depois da prática do ato compulsivo, sente-se mal, envergonhada, e não revela a ninguém o que se está a passar com ela.
As crianças cleptomaniacas geralmente apresentam sintomatologia depressiva ou têm algum episódio de transtorno da ansiedade,.
Regra geral, a cleptomania, quer nas crianças quer nos adultos, está associada a um imenso sentimento de vazio interior, a uma imensa necessidade de preenchimento que acaba por ser feita através dos objetos que roubam. Assim, a criança acaba por tentar compensar esse sentir adquirindo objetos que supostamente deveriam preencher um vazio no seu interior, mas que apenas aliviam por um
momento a sua dor.
A problemática reside, portanto, num quadro de carência afectiva, ou seja, num quadro de falta do preenchimento de uma necessidade... Falta o afeto..
COMO AGIR NA ESCOLA?
Se o professor percebe que a criança está com alterações comportamentais e que isso pode ser carência, o professor deve, antes de tudo, tentar estabelecer um vínculo com a criança para poder estabelecer um diálogo com ela.
Nunca, jamais, a criança deve ser exposta à turma pelo professor. O primeiro contato deve ser feito individualmente, qualquer que tenha sido a sua atitude. A exposição faz com que o aluno se sinta mais inseguro e carente.
COMO AGIR EM CASA?
"Os pais devem, em primeiro lugar, olhar para o comportamento deles mesmos para poder lidar com a criança que sofre de carência afetiva.
Pai e mãe têm de refletir se, por alguma motivo, a criança está a ter menos atenção, menos disponibilidade, menos afecto. Para contornar o problema, devem interessar –se de verdade pelo mundo dos filhos. Não adianta, por exemplo, apenas estar lado a lado a ver TV ou a jogar Play Station.
Os pais não podem só levar as crianças para o mundo deles [dos pais]. Eles precisam entrar no mundo das crianças também. Existe uma relação importante entre quantidade e qualidade de participação dos pais na vida dos filhos. Qualidade é importante, mas a quantidade também.
Impor limites é também uma manifestação de amor e uma forma de dizer à criança “eu importo-me" - Quem ama, cuida. E é necessário que os pais se firmem como tal para que a criança não se sinta desprotegida. A criança está só no mundo, e ainda não tem condições de fazer tudo sozinha. É fundamental que existam regras para ela poder situar-se e sentir-se protegida e amada :)
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